quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Promessas e pedidos

Mais um ano termina e obviamente (quem sabe em 2011 isso não será algo tão óbvio rs.) outro começa.
Não sei de onde surgiu essa coisa de mudança de ano, quando e nem por quem isso foi definido, mas não interessa. O curioso é como depositamos nossas expectativas - só pra variar- no ano que chega, depois de nos frustrarmos por não termos tido paz, amor, etc suficiente.
Fazemos pedidos, promessas, usamos cores pra pedir mais, flores para agradecer, pulamos ondinha, comemos uva e sei lá mais o que. Superstições que criamos para mais uma vez tentar conseguir aquilo que não temos e que tanto almejamos.
Conseguir estas coisas é algo além de nós, é superior e divino. Parece que o nosso esforço e luta para conquistar as coisas é em vão se não tivermos sorte ou uma ajudinha lá de cima. Por isso pedimos do fundo de nossas almas e muitas vezes prometemos algo em troca.
Enfim, o que eu queria destacar é que mais uma vez arranjamos formas de depositar as nossas expectativas em algo, desta vez não amores e amigos, mas em Deus, Buda, Yemanjá, Shiva, ... de atribuir as nossas responsabilidades à coisas inatingíveis.
Talvez isto se deva ao medo que temos de não conseguirmos ser fortes e capazes o bastante. Tá certo, não depende só da gente, estamos sempre interligados a outros fatores, mas também se não fizermos a nossa parte como pode ser possível?!
Acho que é algo inato ao ser humano, culpar o destino, a Deus, ao vizinho, a família, ao invés de olhar pros seus próprios atos e pensar no que poderia ser feito diferente dali pra frente. É ruim se achar ruim, ver os seus defeitos, mas é algo fundamental para nos tornarmos melhores e termos coisas melhores.
A vida é muito importante para deixarmos passar assim em outras mãos. Vivamos por nós, vivamos o que queremos, como queremos e agora.

Então que tal colocar na lista de metas para 2010 assumir responsabilidades pelos seus atos independente do destino dar uma mãozinha ou não, hein?!
Vamos fazer 2010 ser bem melhor que 2009!

"Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante" (Charlie Chaplin).

Fica para reflexão de ano novo!

Feliz Ano Novo para todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Para ser feliz

É incrível.
A todo tempo exigimos –não propositalmente, mas ainda assim, é uma exigência- que os outros correspondam às expectativas que criamos.
Não me dôo, amo, ou sou gentil com as pessoas por querer algo em troca. Mas ainda assim espero algo em troca. É uma atitude de certa forma inconsciente, até você perceber que estas expectativas não são alcançadas.
Daí começa uma série de cobranças, choros, discussões e dúvidas. Muitas dúvidas: será que me importo demais com os outros?Eu deveria ser mais egoísta?É justo eu cobrar desta pessoa determinada atitude?E por aí vai.
Durante anos e anos agi desta maneira. Me doei, amei, chorei, briguei, duvidei, amei de novo, ri, chorei de novo e duvidei mais ainda do que da primeira vez. Assim como muitas outras pessoas, durante este tempo depositei minha felicidade nas mãos de terceiros. Esta esteve ligada diretamente as minhas expectativas em relação aos outros -amigos, amores - serem ou não atingidas, e a maior parte das vezes elas não foram.
Agora vejo, no entanto, como é injusto e egoísta achar que as pessoas tem que realizar aquilo que se acredita que elas devem. As pessoas são o que são, tem defeitos, qualidades, suas próprias expectativas e anseios e estas devem ser suas prioridades.E muitas vezes nós também não atingimos nossas próprias expectativas, quanto mais a dos outros.
Venho descobrindo que o problema não está nos outros e sim em mim. Por esperar, cobrar, me doar, etc demais.Por não fazer de mim a minha própria prioridade.Por me deixar a mercê das atitudes que não dependem de mim.
O que mais me incomoda nisso tudo é saber que para ser feliz eu deveria me bastar. Saber é uma coisa, fazer são outros quinhentos.
Agora, este é o meu objetivo, ser feliz por mim mesma, por me ter, me bastar.
Eu sei que isso é meio louco!Mas o mais louco e inacreditável desta história toda é ter passado tanto tempo dependendo dos outros para ser eu, para ser feliz.
É incrível!