terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O abraço

Para Natan, um dos meus melhores amigos, com muito amor.

Conturbações de todos os lados. Quando tudo parece ficar bem, outro turbilhão vem à tona.
A cabeça dá nó e fica confusa, são muitas informações e sentimentos juntos.
Não se sabe ao certo como agir e muito menos como reagir e se deve reagir.
De um lado pensamentos de: E agora? Ser sincero e magoar?! Como expressar o que penso? O que diabos eu penso sobre isso?
E finalmente um 'puta que pariu' e o sentimento de estar de mãos atadas. Por não saber o que dizer e o que fazer para confortar um amigo. Se confortá-lo é justo ou não.
Mas o que não faz ideia é que apenas um abraço, o seu abraço, e o fato de saber que ELE vai estar ao seu lado não importa o que aconteça, é suficiente, é o que se precisa. Que as palavras acariciam os corações, mas só o que realmente acalma é ter um porto seguro. E ele é o seu. Ele e somente ele, com os seus abraços calados, rosto sofrido pelo seu sofrer, seus sorrisos nas horas certas, sua implicância irritante e finalmente seu amor, sua amizade.
E o mais irônico é que ainda se julga, por não saber o que dizer ou como agir. Por não saber se expressar. Por ter dado apenas um abraço.
Ele não parece perceber ou acreditar quando se fala que não importa.
Vão se ouvir um milhão e quatrocentas mil palavras e a maior parte delas será descartada facilmente.
Enquanto isso o abraço dele, aquele que veio com sentimento, aquele que foi o momento mais sincero e que demonstrou a mais pura das amizades, aquele nunca mais vai se esquecer.
Por mais que ele ache que foi apenas um abraço. Foi muito mais do que isso, foi dizer tudo que se queria ouvir, em silêncio. Foi ter a certeza de que realmente se tem um porto seguro.
Não foi apenas um abraço, foi o seu abraço.

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